A Paixão


Por que a paixão só dura dois anos e meio?

O que acontece na cabeça dos apaixonados?

 De onde vem este arrebatamento todo?

Por que este impulso é tão forte, irresistível e incontrolável?

 Para responder a todas estas perguntas e

outras, vamos começar do princípio, definindo:

Todos nós já estivemos, pelo menos uma vez, tomados pela paixão,

arrebatados por uma onda afetiva muito forte, a qual nos dá uma indescritível

sensação de prazer e de onipotência.

Mexidos pela química e aquecidos em seus

prazeres radiantes, movidos por uma estranha – porém gostosa – irracionalidade,

mal tivemos tempo de nos indagar – o que é isso?!

Assim começa o amor

romântico. Certamente perplexos com a inexplicável sensação, poetas, escritores

e filósofos se incumbiram de tentar entender, ou, pelo menos, dar uma noção do

que estava ocorrendo.

Os filmes de amor e as novelas, tipo Mulheres

Apaixonadas, potencializados por uma tocante trilha sonora, também se

incumbiram de mexer com o imaginário popular, ao ponto de escutarmos, no

nosso trabalho de psicoterapia individual, grupal e de casais, a exclamação:

“Como eu desejaria estar sempre apaixonado/a!”

Do ponto de vista científico, lamento ter que dizer que, uma

paixão

duradoura seria prejudicial para a nossa saúde, porque aquela reação de “stress”

que a acompanha, acabaria por minar a nossa saúde física e afetar o sistema

imunitário.

Como o assunto é inesgotável, pretendemos, neste breve artigo,

explorar 1 tema: a paixão,

A PAIXÃO

Precedida por um estado de espírito, traduzido por um desejo de amar e

ser amado, que se chama Excitação Romântica, a paixão pode se instalar

de repente ou gradualmente.

No clássico “AMOR À PRIMEIRA VISTA”, a paixão toma de assalto às

pessoas envolvidas, numa atração irresistível e incontrolável ao simples contato

visual, auditivo ou sensorial (= olfativo ou tátil). Até parece um lance de

hipnotismo – os contatos imediatos do primeiro grau produzem uma compulsão

ao olhar incessantemente para aquele súbito objeto de amor. Há quase uma

súplica silenciosa por uma Sintonia dos olhares, seguida por uma vontade

imensa de se aproximar, dizer alguma coisa e escutar a voz do outro.

Quem vivenciou recentemente ou está em pleno estado de

apaixonamento, sabe do que estou falando. Tremenda curiosidade: como é estar

com esta pessoa? Tocá-la, beijá-la, abraçá-la?

A Face Inconsciente da Paixão

O casal apaixonado quer estar muito junto e se tocando o tempo todo,

com intenso contato visual e comemorativos físicos exacerbados. Assim, se dão

aqueles beijos prolongadíssimos – com uma avidez de quem quer sorver o

fôlego do outro, além dos contatos pele-pele, mucosa-mucosa e até olho-olho!

Ambos fazem tudo para estarem a sós e se curtindo, tornando-os

momentaneamente anti-sociais. É comum declarações enfáticas, do tipo:

• Sem você, não vou à festa!

• “Não há você, sem mim e não existo sem você!”

Por que será que todos os amantes apaixonados pronunciam as quatro

frases seguintes, que correspondem à Linguagem Universal do Amor?


1. “SINTO COMO SE JÁ TE CONHECESSE
ANTES” (=

RECONHECIMENTO INCONSCIENTE).


2. “É COMO SE SEMPRE ESTIVÉSSEMOS JUNTOS”. (Às vezes

esta sensação subjetiva de ATEMPORALIDADE é forçada pela

perplexidade: “Curioso só estamos juntos há poucas semanas e

me parece que já estamos juntos há anos!...”)

3. “QUANDO ESTOU COM VOCÊ, SINTO-ME INTEIRO,

COMPLETO” (Esta declaração, como parte da linguagem universal

do amor, em sua fase inconsciente, traduz a sensação subjetiva de
(REUNIFICAÇÃO)
4. “EU TE AMO TANTO, QUE NÃO DÁ MAIS PARA IMAGINAR-ME
SEM TI!”
Apesar da paixão ser valorizada como algo desejável e colocada em
evidência pelo cinema e pela televisão, convém lembrar que é um estado
alterado de consciência.

Há até quem a considere um tipo de “loucura transitória”. O
fato é que, no apaixonamento, as fantasias e idealizações predominam sobre os
dados da realidade.

Mesmo assim, considero que é um bom começo de relacionamento
amoroso e que, além de inebriante, é sensacional. Mas como só dura de um a
dois anos e meio, tempo em que muda a química cerebral, recomendo que,

MESMO APAIXONADOS, PROCUREM NÃO
DESQUALIFICAR A SUA
PERCEPÇÃO.

Vejam o que estão vendo no outro, escutem-no de verdade,
sem misturar fantasia com realidade.

Dr. Antônio Pedreira é médico  psicoterapeuta, com 27 anos de experiência em psicoterapia,
autor de dezenas de livros nas áreas de biomédica e saúde mental, educador, escritor.
Quer conhecer seu Site ? clic no nome Dr. Antônio Pedreira
Agradeço VCaparroz.

2 Comentários:

VCaparroz disse...

Este comentário foi removido pelo autor.

VCaparroz disse...

Do ponto de vista científico, lamento ter que dizer que, uma paixão
duradoura seria prejudicial para a nossa saúde, porque aquela reação de “stress”
que a acompanha, acabaria por minar a nossa saúde física e afetar o sistema imunitário.:p
Que coisa ...porém estar apaixonada é muito bom.
:g

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